![]() |
(pintura sem título) |
Doce colheita
Entre folhas douradas
e murmúrios da videira,
surge ela —
com a graça serena dum entardecer antigo.
Vestida de vermelho como o vinho antes do tempo,
carrega uvas nas mãos
como quem segura segredos
doces, intensos, maduros.
Seus olhos,
meio voltados para quem a vê,
não perguntam, não respondem —
mas sabem.
O cabelo,
preso em espirais cuidadosas,
guarda promessas de outonos passados
e primaveras por vir.
O braço, adornado por uma folha viva,
é abraço entre o humano e o fruto,
entre a arte e o instante,
entre a lembrança e o agora.
Na parede cálida,
as sombras das uvas conversam com a luz,
tudo ali parece eterno,
como se o tempo se tivesse rendido à beleza da pintura.

Convite Irrecusável
Um sabor inusitado em meu seio cobiçado,
um olhar de ternura e sensualidade de laço.
Há gosto de doçura em dulcíssimo cacho,
fruto maduro, delicioso. Vulgar, despacho.
Timothy seduz com seu olhar de pintor.
O convite implica respeito e delicadeza,
toda amabilidade com amável sutileza.
Aceitar inusitado paladar da boa união,
desfrutar da lealdade e da cumplicidade.
Timothy traduz seu olhar de pintor.
Recusar o superficial, tolo aproveitador
da colheita madura, doce, aromatizada.
Preço a se pagar é afinidade desejada,
sem multa, pela traição do belo amor.
Timothy induz seu olhar de pintor.
Vale a pena saber plantar em profusão,
a colheita será bela e encherá o coração.
Serão ambos, tanto provedor e colhedor
o elo de delícias no enlace de bom odor.
Timothy faz jus ao seu olhar de pintor.
Pela DOCE COLHEITA da Fe e o CONVITE IRRECUSÁVEL da Roselia, fica claro o quanto Timothy Martin sabe comunicar com a pintura!
ResponderEliminarLindas poesias e tela!
beijos às duas, tuuuuuuuuuuuudo de bom,chica