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O Caminho do Jardim |
O Caminho do Jardim
O caminho se abre em sombras de mel,
o sol filtra a tarde em tons pastel.
Ramos se curvam, verdes véus suspensos,
trançando o ar com brilhos imensos.
Flores em faixas, se estendem em festa,
violetas, lilases, vermelhas na aresta.
O perfume se espalha, leve, contínuo,
num sopro do vento, antigo, longínquo.
Abelhas zumbem nas pétalas quentes,
folhas tremulam, vivas, contentes.
O chão dourado, recebe a passagem
do tempo dançando na luz da paisagem.
Ao longe, um arco coberto de hera
guarda o segredo duma quimera.
Nada se apressa — tudo respira —
a vida se pinta, o instante delira.
Ali, sob a brisa e o som das flores,
Monet escolheu matizes mil cores.
No silêncio da arte, pura harmonia,
sua natureza idealizada, virou poesia.
Se entrares no quadro, leve, devagar,
sentirás a terra, o vento a soprar.
Todo o jardim, na sua ternura,
não é só uma tela — é beleza pura.

Monet colorido,
tem flores na alma,
matiza o dolorido,
com pincéis, a acalma.
Monet colorido,
é chama vivaz,
nada entorpecido,
com telas, a refaz.
Monet colorido,
é fulgor, resplendor,
colore o viver querido,
em mil tons e cor.
Monet colorido,
é contemplativo,
pinta, tonaliza o tingido,
num painel criativo.
A luz nunca se repete.
(Monet)
🌷🌸🌹

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« Quando um passarinho beija docemente uma flor e ela o acolhe com carinho, a magia da amizade acontece. »