
A bailarina fez o último plié
fugindo com o anjo azul
no palco ninguém se importou
a plateia aplaudiu de pé
No chão…
purpurina, algodão e penas.
A bailarina despiu-se urgente
o anjo guardou as asas
mil sonhos e abraços nus
num insensato amor ausente
No leito…
algodão e penas.
O belo anjo azul partiu
a bailarina triste chorou
o pó de arroz disfarçou
e da "Giselle" se despiuno quarto…
apenas, penas.
Nos jardins
do castelo encantado,
vestiu fantasia de anjo,
tirou suas vestes de princesinha,
amofinou-se de tanta sofisticação,
aproveitou baile de máscaras,
ninguém a reconheceria.
voava com suas asas de penas,
numa ala de confetes e serpentina.
No salão,
viu seu príncipe amado,
conteve-se, fez um arranjo,
voava, se disfarçava de estrelinha,
alegrou-se, brilhava, não tinha marcação,
não a notavam, era invisível apenas,
percebeu ser bom usar disfarces, alegria
pode saborear, quimeras
dum baile de carnaval. Ela não desatina.
Apenas penas…
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