Junto à janela, esperava,
o mar devolveria seu amor,
o tempo passava, passava,
aumentando sua solidão, sua dor.
Num dia de brisa diferente,
seu coração sentiu palpitar,
a janela abriu de repente,
viu um barco ao longe a voltar.
Deixou a janela aberta,
descalça correu para o mar,
sentiu ser a hora, era a certa,
seu amor, estava a chegar.

Num singelo lugar nosso, te esperava,
Tu vinhas, te percebia de longe, contente.
Numa suave brisa da manhã, te acenava,
Punha-me, prontamente, delirante…
Numa janela junto ao mar...
No encanto das nossas lindas manhãs,
Vem a saudade, amor, ao te recordar…
Suspiro, minha voz da janela a ressoar,
Como o rumor de bruma no deserto.
Numa janela junto ao mar...
Acenava-te, feliz, num contentamento,
Com um pano, um lenço, tivesse à mão,
Largava serviço, com toda presteza.
Estava sempre à tua espera, amado,
Unia mãos em coração, na gratidão.
Numa janela junto ao mar...
Era doce realidade, de longe te saudar,
Largava tudo de lado a ajeitar...
Invadia em meu peito alegria incontida.
Via-me de longe, me lançavas beijos,
Deixava-me na berlinda com cortejos.
Numa janela junto ao mar...
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Nossa sugestão musical:Tristão da Silva - Aquela janela virada p'r'ó mar
imagem: art.com
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