2025/08/15

Edvard Munch ENTRE NÓS

 Comentem só no post abaixo, por gentileza.

Agradecemos.

Edvard Munch Entre Nós

O Grito - 1893

No céu flamejante, a dor ecoou,
um grito sem voz, o mundo calou.
A ponte sombria, o medo a correr,
um vulto curvado, horror a crescer.

Cenário chocante, cores ardentes,
Edvard o pintou em traços dolentes.
O medo é um eco, um céu a gritar,
no turvo infinito do eterno penar.

Ó sombra aflita bradando do além,
será tua angústia reflexo de alguém?
Ou somos no fundo na nossa ilusão,
um grito calado dentro da multidão.


 O Grito 

No desespero inusitado, EDVARD,
Como um ser sufocado, alucinado, 
Abismado, sofreu, fugiu apavorado, 
Situação angustiante, amedrontado.

Pasmou-se, espantou-se, incrível 
Viver num mundo nada amável… 
Outros seguem seu rumo normal,
Acomodam-se numa vida banal. 

Ruído estridente solta, se liberta
De amarras presas, tão deserta. 
Como liberto, seu livre percurso
Vice não mais com falso discurso.

Ocorreu-lhe uma boa ideia, mudar,
A fim de poder retornar, voltar a ter 
Tudo o deixado atrás, vai renunciar,
Resolve vivenciar, enfim, só viver…
Viva, enfim, 
                              EDVARD!





😱😱😱

2025/08/08

Paul Guy Gantner Entre Nós

"Passarela em Flor"


 Passarela em Flor

Suave pintura a trilha em aguarela,
cada flor sussurra o nome do dia.
A luz escorre por entre a janela
do céu, a paisagem vira poesia.

Flor do campo, livre, sem medida,
nasce onde o vento decide ficar.
Não pede nada, só oferece vida,
onde cada cor vem nos abraçar.

A passarela em flor abre-se inteira,
não leva a um fim, apenas ao agora.
Caminho certo, sem qualquer barreira.

O perfume daquele instante o decora,
nesse tempo sem pressa ou fronteira.
Só existe silêncio, e a beleza, aflora.



Flor do Campo 


Singela, formosa, simples, natural,
Longe de ser uma mera flor banal.
É uma medição da criação divinal,
Intermediária do jardim fenomenal. 
Paul é jardineiro primoroso e fiel.

De todas as mimosas, a escolhida 
Uma espécie tão estimada,  querida.
Confesso,  é a minha flor preferida,
Dá uma sensação de ser acolhida. 
Paul é jardineiro amoroso menestrel.

Ó flor do Campo, minha predileção 
Dentre todas as do meu coração. 
No vergel do meu viver, é  emoção 
Raridade multicolorida em sensação. 
Paul é jardineiro, das flores bacharel.

Quisera a sua simplicidade,  humildade
Exalasse o mais doce perfume: lealdade
Em ternura e apreço sem grande preço,
Pequeninas ternuras de grande talento.
Paul é jardineiro, protege-a tal coronel. 


"É JUNTO ÀS FLORES DO CAMPO QUE A BELEZA EM TODO SEU ESPLENDOR SE REFLETE  NOS OLHOS ENCANTADOS DA  VIDA."
Edna Frigato

🌸🌺🌼


Nossa sugestão musical: Flor de Laranjeira-Beraderos


2025/07/31

Monet Entre Nós - LANÇAMENTO DO LIVRO NOVO

Íris no Jardim de Monet

No Jardim de Monet

Entre íris dançando ao vento,
  respiro um instante sem tempo,
 o mundo em mim se refaz
desenhado em tons de lilás.

Na terra, a lida me chama,
sua cor me eleva, inflama.
Já não sou quem lavra o chão,
sou traço, semente, visão.

No jardim onde Monet pintava,
minha alma livre sonhava.
Em cada pincelada sentia,
 a vida muito me daria.

Oh! flor rompendo o cansaço,
pintura embalando o espaço.
Teu silêncio me ensina a ver,
 viver é florescer.

Sou mulher de mãos ofertadas,
ao tempo, às cores, às jornadas.
Nos campos que a arte me deu,
renasço, inteira, sou eu.

Antecipo a  P M A R A!

Carregando minha lida diária,
Sentida deveras, sem delongas,
Caminho de passo em passo...
Eis surgiu o grandioso Monet!

Sua arte sempre tão marcante,
Desde bem outrora consentida,
Dá todo sentido à minha vida,
Faz-me muito mais confiante.

Nasceu-me uma alma bem nova,
Pintar sempre me inova, renova,
Exulto, canto, toda comunhão,
Feliz, exulta pleno meu coração.

Entre lindos floridos prados, 
Aconteceu a minha inovação,
Ao arado, ofereço meus sonhos,
Sou uma mulher em renovação.





Vestimo-nos de gala, novo livro, novo ânimo,
Fernanda, Rosélia dão-se as mãos, são arrimo.
Elegância nas vestes, rigor nos poemas belos,
Unimo-nos com firmeza, somos autênticos elos.
(Rosélia Bezerra)

🩵​🧡​


25 DE Julho- Dia do Escritor no Brasil. 
📖​🖋️​📖​

Lançamos nosso sexto livro, entre percalços do ofício, conseguimos.

A cada livro, contamos com o Prefácio de um (a) amigo (a).

A Amiga que nos deu a honra de prefaciar nossa quinta obra foi a escritora e poeta Emília Simões incentivadora dos primeiros  dos nossos poemas na parceria tão fecunda que já mantemos por mais de três anos,  na alegria e nas dores nossas de cada dia.

O livro compila poemas publicados no blog e outros inéditos.

Publicamos além do Brasil, em Portugal, na Espanha e na Austrália.


Livro Publicado em Portugal



Livro publicado no Brasil






2025/07/24

A Amiga Certa ~~ Dia do Amigo ~~

 A Amiga Certa

No meio de tantos rostos, caminhos,
Chegou sem pressa, com jeitinho.
Com riso leve e alma descoberta,
mostrando ser — a Amiga Certa.

Não foi só nos risos, me encontrou
 nas lágrimas… me transformou.
Com um olhar, entende sem dizer,
ela soube me acolher, fortalecer.

Amiga é mais do que estar perto,
é saber tempo, tom, gesto certo.
Sem dúvidas, com toda certeza,
ela faz da minha vida, pura beleza.

Sorte a minha cruzar seu caminho,
ter seu colo, seu riso, seu carinho.
Se me perguntarem se me completa,
direi sem pensar: é ela, a Amiga Certa.




Românticas são bordadeiras,
Bordam com afetos nobres.
Com agulhas, linhas coloridas,
Traduzem dolorosos sentires.

Ponto por ponto, com cautela, 
Põem assuntos diários na tela.
Amigas de alma não só bordam, 
Amenizam dores, as empanam.

Cores sóbrias muito consolam,
Tons pastéis alegram, suavizam.
Esperando melhores momentos, 
Chegarão aos matizados tempos.

Alcançam logo a paz almejada,
Tecer em panos traz felicidade.
Alcançam logo tal serenidade,
Mesmo sem ela ser planejada. 


Amigas de Alma são as Amigas Certas…



💚💛

20 de Julho- Dia do Amigo. 



Imagens: Pinterest

***

2025/07/19

Timothy Martin Entre Nós

(pintura sem título)
 

Doce colheita

Entre folhas douradas
e murmúrios da videira,
surge ela
  —
com a graça serena dum entardecer antigo.

Vestida de vermelho como o vinho antes do tempo,
carrega uvas nas mãos
como quem segura segredos
doces, intensos, maduros.

Seus olhos,
meio voltados para quem a vê,
não perguntam, não respondem 

mas sabem.

O cabelo,
preso em espirais cuidadosas,
guarda promessas de outonos passados
e primaveras por vir.

O braço, adornado por uma folha viva,
é abraço entre o humano e o fruto,
entre a arte e o instante,
entre a lembrança e o agora.

Na parede cálida,
as sombras das uvas conversam com a luz,
 tudo ali parece eterno,
como se o tempo se tivesse rendido à beleza da pintura.

Convite Irrecusável 


Um sabor inusitado em meu seio cobiçado,

um olhar de ternura e sensualidade de laço.

Há gosto de doçura em dulcíssimo cacho,

fruto maduro, delicioso.  Vulgar, despacho.

Timothy seduz com seu olhar de pintor.


O convite implica respeito e delicadeza,

toda amabilidade com amável sutileza.

Aceitar inusitado paladar da boa união,

desfrutar da lealdade e da cumplicidade.

Timothy traduz seu olhar de pintor.


Recusar o superficial, tolo aproveitador

da colheita madura, doce, aromatizada.

Preço a se pagar é afinidade desejada,

sem multa, pela traição do belo amor.

Timothy induz seu olhar de pintor.


Vale a pena saber plantar em profusão,

a colheita será bela e encherá o coração.

Serão ambos, tanto provedor e colhedor

o elo de delícias no enlace de bom odor.

Timothy faz jus ao seu olhar de pintor.



Nossa sugestão musical :Fascinação- Elis Regina


🌙🌟

2025/07/12

Vladimir Kush Entre Nós

~~Flor da Manhã~~

No coração do campo,
uma rosa se ergue,
não da terra,
vem da luz.

Cada pétala parece
carregar o sol recém-nascido,
como se o céu, cansado de voar,
tivesse escolhido florescer.

Há um casal abraçado
oculto na forma,
ou talvez revelado,
meio chama,
meio oração.

O rio os contempla
como se sempre tivesse
nascido para isso:
seguir sua beleza
até ao fim da paisagem.

Montanhas em silêncio,
árvores respirando quietude,
o tempo escorre
pela curva da manhã.

Ali, no meio de tudo.
 Uma flor,
 é corpo,
 é alma,
é amor.



Flor perdida no horizonte,

Quiçá à  mercê de desafios?

É  grande na sua fragilidade, 

Medrosa e destemida, desfila. 

Vladimir sobrepuja o visível.


Seu refúgio está num monte, 

Age além da sua dignidade.

Ela reluz no seio do deserto,

Não contida na formosura.

Vladimir sobrevoa o visível.


Ela admira, sutilmente,

A vida dos arvoredos.

Sente vontade de viver

Bem junto, numa festa.

Vladimir sobrepõe o visível.



🌹​🌹​🌹​

2025/07/05

Sophie Gengembre Anderson Entre Nós


Deitada entre véus, seu retiro sagrado,
lê a menina em voz silenciosa.
Cada página, um mundo encantado,
 fazendo do quarto espaço de prosa.

Dedos pequenos deslizam na história,
tateiam dragões, florestas, princesas,
 um riso contido — quase memória —
abre-se em flor com suas belezas.

A coberta verde esconde segredos,
de um tempo só dela, para guardar.
Não há impaciência, nem medos,
só o contentamento insiste em ficar.

O livro brilha como espelho antigo,
onde a realidade se curva à fantasia,
 cada ilustração fala-lhe ao ouvido,
com voz de sonho e terna melodia.

Oh, instante tão breve e tão vasto,
de olhos atentos, coração aberto…
A infância, esse barco sem mastro,
navega em silêncio por dentro do afeto.




Sophie descansa no dia já ido,

Livro aberto, repleto de histórias, 

Manifestação do interior curioso, 

Cheia de sonhos, devaneios belos.


Sophie folheia livro em causalidade,

Imaginar finais felizes de bondade.

O modo de estar no lazer formoso

É  aptidão a ser livre de banalidade. 


Sophie preenche todo ócio, fecundas

Maneiras de assimilar melhor o lido.

Repousa sem pretensões ambiciosas,

Delicioso momento de mansa ação.


Abastecida de cultura e aconchego, 

Faz em si, Sophie, grande chamego.

Dá  tempo a preencher o seu saber,

Não tem pressa de aprender a viver.



Nossa sugestão musical: Silêncio do meu Quarto-Núbia Lafayette

🌟🌟🌟

2025/06/28

Daniel Gonzáez Poblete Entre Nós

À Luz do Silêncio

No chão de mármore em etéreo encanto,
a mulher se entrega em doce meditação,
 gesto brando, olhar com um leve pranto,
como se escutasse a voz do coração.

Manto azul-celeste em pregas delicadas,
desliza e envolve a sombra do perfil,
brilham as joias — lágrimas caladas —
na paz serena de um momento subtil.

Com mão sagrada, no lume se ilumina,
lanterna antiga, de metal silente,
 o gesto lento, com calma quase divina,
recorda a prece de uma alma crente.

Com véu rosa no cabelo, ela se inclina,
como quem guarda um sonho no olhar;
ali, o tempo — que tudo destina —
parece um quadro pronto a eternizar.

Ó musa em luz, em sombra repousada,
pintada em cor, silêncio e devoção,
tua figura, de beleza encantada,
é verso vivo de pura contemplação.


Tem nas suas mãos uma máquina de tecer sonhos,

Senta-se bem acomodada, segura-a com carinhos. 

Poblete delineia traços sutis em todos contornos.


Examina as possibilidades, repensar seus desafetos,

Não deseja ser impropérios nem alvo de tais atos. 

Poblete delineia traços sutis em todos contornos.


Com calma, pausadamente, examina seu coração,

Requer prudência,  discernimento e toda atenção. 

Poblete delineia traços sutis em todos contornos.


Como mulher de senso, brio, prima pela boa ação, 

Não deseja ser mais uma de pouca mentalização.

Poblete delineia traços sutis em todos contornos.


Deseja um sonho inusitado e com bom resultado, 

Como prima pelo mundo todo sendo bem-amado.

Poblete delineia traços sutis em todos contornos.


Sonha, mulher de devaneios,  não deixe amuado

Seu coração de princesa de príncipe destronado. 

Poblete delineia traços sutis em todos contornos.


Nossa sugestão musicalMafalda Veiga - O Mesmo Deus


🌺🌸🌺



2025/06/20

Rudolf Epp Entre Nós

O Amado

Sentada à beira do tempo com o livro pousado no colo, certas histórias às vezes, precisam ser deixadas de lado, o que importa não está nas palavras impressas, está nos olhos dele, do outro lado da janela, onde o mundo é real.

Sorriso tímido, flor na mão e esperança nos gestos, ele não diz muito, nem precisa. O que se passa entre eles é feito de pequenas pausas e de linguagem silenciosa. Um toque de dedos, um riso escondido, o calor do sol entrando pela fresta.

A casa parece conter a respiração, o casaco pendurado, o sapato no chão, a luz dourada filtrando o pó, toda ela é testemunha de algo raro: o exato momento em que o quotidiano se transforma em poesia.

Ela o escuta com o corpo inteiro, enquanto ele fala com o olhar. Juntos desenham uma cena que não se explica, só se sente: Amor, na sua forma mais pura, mais simples, mais bonita. Sem promessas grandiosas. Só a presença. Só o agora.

Ali, entre o dentro e o fora, entre o gesto e o olhar, o tempo para, e os dois, por um instante só deles, se tornam eternos.


No romantismo à flor da pele,
Rudolf admira a musa solitária,
ela se aconchega â janela, repele
conquista tola, tão desnecessária.

Um olhar de bom conquistador,
no coração, repleto muito amor.
Rudolf acredita encantar a musa,
ela, discreta, moça de Andaluza.

Ela joga charminho delicado,
Rudolf, cheio de mil carinhos,
conquista a mulher obstinado,
Ciente de mil malabarismos.

Uma paquera mui envolvente
aquece  coração, corpo, mente.
valerá a pena o sutil namoro,
são ambos seres com decoro.




Nossa sugestão musical: Carinhoso-Elis Regina

💗💘💗



2025/06/14

Russell Cobane Entre Nós

Enquanto Voam

O vento sopra como quem tem pressa,
mas as aves não correm —
elas seguem.
Em formação viva, rasgam o céu
sem feri-lo,
como se fossem parte dele
desde o começo.

O mar ondula em tons verdes,
cristal e sombra,
reluzindo sob nuvens que dançam com luz e ameaça.

Há um tempo exato nessa travessia —
não marcado por relógios,
mas pela memória ancestral das asas,
pela direção do instinto
que reconhece onde termina o frio
e começa a esperança.

Cada pássaro é um traço de silêncio em movimento.
E juntos, eles desenham o caminho
que só quem voa compreende.

Ali, entre céu turvo e água viva,
a beleza não pede plateia.
Ela apenas acontece —
inesperada e inteira,
como o voo.


Revoada em consonância,
Gaivotas em alternância,
movimentos cadenciados,
Ventos muito alvoroçados,
Russel canaliza momentos.

O alarido estupendo no mar
dá vida ao local sem parar.
Até as águas se agigantam,
ao bailado das aves, atentam.

As nuvens bailam felizes,
tudo é como cordonizes.
O vento em bom movimento
ajuda bailado, sem tormento.

O cenário é tão encantador,
natureza em festa sem dor.
tudo em plena conformidade,
estupendo postal de lealdade.

Nossa sugestão musical: António Marcos Gaivotas


🪽​🪶​🪽​


Parabéns, minha querida amiga mana, , pelas suas Bodas de Seda!
Seja muito feliz e abençoada em seu matrimônio!
O amor precisa e merece ser amado.