2025/08/16

Elly Liyana Ruslan Entre Nós


No véu de tintas lançadas ao vento,
um rosto enigmático, desatento.
Pálpebras sombrias, semblante sério,
a boca fechada clama mistério.

Palidez ferindo a pele, brisa cortante,
linhas dispersas, desejo distante.
Luz desbotada, sombra apagada,
gemido calado numa alma rasgada.

Fúria, silêncio, furacão contido,
mistério esculpido, olhar desprendido.
A tela reflete tormento na cor,
é tinta chorando num traço de dor.



Disfarce das Dores

Só se esboça, em riscos 

Com enigmáticos traços, 

Não se revela de todo,

Parcamente, sem denodo.


Em riscados disfarçados,

Insinuação de desgostos. 

Denota nostalgia dissimulada, 

Terá sido uma bem-amada?


Linhas são expressões, 

Revelam ou não emoções. 

Mulher traçada tristonha

Ou realidade medonha?


Delineada com cores,

Há insídia sem rigores.

Olhos cerrados em dor,

Será abandono do amor?



Nossa sugestão musical: Mudar de vida- António Variações


🍀🍁🍀


Edvard Munch ENTRE NÓS

 Comentem só no post abaixo, por gentileza.

Agradecemos.

Edvard Munch Entre Nós

O Grito - 1893

No céu flamejante, a dor ecoou,
um grito sem voz, o mundo calou.
A ponte sombria, o medo a correr,
um vulto curvado, horror a crescer.

Cenário chocante, cores ardentes,
Edvard o pintou em traços dolentes.
O medo é um eco, um céu a gritar,
no turvo infinito do eterno penar.

Ó sombra aflita bradando do além,
será tua angústia reflexo de alguém?
Ou somos no fundo na nossa ilusão,
um grito calado dentro da multidão.


 O Grito 

No desespero inusitado, EDVARD,
Como um ser sufocado, alucinado, 
Abismado, sofreu, fugiu apavorado, 
Situação angustiante, amedrontado.

Pasmou-se, espantou-se, incrível 
Viver num mundo nada amável… 
Outros seguem seu rumo normal,
Acomodam-se numa vida banal. 

Ruído estridente solta, se liberta
De amarras presas, tão deserta. 
Como liberto, seu livre percurso
Vice não mais com falso discurso.

Ocorreu-lhe uma boa ideia, mudar,
A fim de poder retornar, voltar a ter 
Tudo o deixado atrás, vai renunciar,
Resolve vivenciar, enfim, só viver…
Viva, enfim, 
                              EDVARD!





😱😱😱