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Existe uma abóboda de vidro acidado
Que não deixa quem eu não quero
Ver do outro lado
Do meu pensamento.
É meu o que eu penso,
E sempre será.
Existe uma estrada
Entre o que quero que saibam
E o que eu não quero,
E ela está, quase sempre,
Fechada.
Quem passa e me olha
Pensando que sabe
De tudo o que eu sei,
O olhar se desfolha.
Meu pensar é livre,
Mesmo que eles falem.
Tenho esse direito
O de ver o que eu vejo
E pensar o que eu quero,
Mesmo que me calem.
Tenho dias cheios de energia,
Já outros, são de pura nostalgia.
Ontem, me vi tão cansada…
A vida pede não ser rejeitada.
Outrora, tão perdida, rendida,
Vivi fases de bom contentamento.
Hoje, vivo de saudade, maldade
É ter fase de tão triste lamento.
Quiçá volte a me encantar feliz
Numa era de Amor como condiz.
A vida é valiosa, joia raríssima,
Ela merece ser saboreadíssima.
Revele o eu real, meu espelho,
Tal qual Deus me modelou, criou.
Alivia toda dor d'alma, me acalma,
Desejo ser espelho, não empecilho.
Tristeza e saudade
encolhidas, internalidade d'alma.
Escondidas atrás do sorriso
da face, do coração.
Nem sempre de fachada…
In
sis
ten
te
men
te
Ele não me largaria jamais…
Por trás de lágrimas sutis,
abundantemente derramadas…
Borbulhadas no fervor
da alma encolhida…
Escabreadas…
Ten
sas…
Pelo pânico, vencidas…
Da alegria perdida há tempo…
Só recebida de Deus,
de mim, nunca se esqueceu!
frase de Iranilton Lombardi Campos