2025/08/24

Almada Negreiros Entre Nós

Maternidade-1985


Maternidade

Mãe — planeta redondo
girando na órbita dos braços.
Filho — cometa quieto
no ventre da hora.

O mundo lá fora é ruído,
dentro é linha, curva, cor.

Não há relógio,
há pulsar.
Não há chão,
há colo suspenso.

O traço não pinta:
abraça.
O abraço não guarda:
cria.

E no instante em que a tela respira,
o universo se resume
a dois corpos que inventam
o princípio de tudo.



Maternidade de Alma

Nada tão  grande tal amor materno,
Sobrepõe os dissabores sem término.
Uma força  gigantesca nasce num ser
Dotado de carinho a dar sem perecer.

Ser indefeso é  posto em seus braços, 
Incapaz de sobreviver sem cuidados.
É imensa a afeição da mulher ternura, 
Imensurável nos zelos, nada de usura.

Seres sobreviventes dos cuidados ternos
Serão  agradecidos eternamente, gratos,
Recordar-se-ão do início ao fim da vida, 
Em cada dia do seu viver,  da atuante lida.




Nossa sugestão musical: MARIZA - Mãe

💗💗💗


2 comentários:

  1. Linda tela e adorei as poesias sobre a maternidade e Fê resume bem em seus últimos versos. Não há momento que supere oa alegria de se mãe, o momento de após tanto tempo, chegar a hora de ver o rostinho de quem amamos desde o primeiro momento após saber da gravidez.
    ADOREI!
    beijos praianos às duas, lindo fds! chica

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  2. Dois poemas belos e reais que gostei muito!

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« Quando um passarinho beija docemente uma flor e ela o acolhe com carinho, a magia da amizade acontece. »