Entre Nós Duas, Dores

Nas entranhas do meu ser, uma dor persistente,

Um martírio constante, uma agonia ardente. 

Cada célula do meu corpo, clama por atenção,

Enquanto o sofrimento se torna alienação.

É uma dor que transcende, não sei como explicar, 

Um peso invisível que me faz soluçar. 

Mãos trémulas, corpo em chamas, mente enevoada,

Como prisioneira numa cela acorrentada. 

Mas a dor também é, um caminho de superação, 

Uma prova de resiliência e determinação. 

Pois, mesmo ferida, sigo com coragem, 

Encontrando na adversidade, uma nova mensagem. 

Mesmo na chama da dor, há uma Fénix a renascer,

Impulsionando a esperança a cada amanhecer.

Que as dores físicas sejam o meu foco na cura,

E que eu encontre paz e alívio nessa procura.

Dores e Dores

Qual a maior? 

A do corpo, a da alma?

A física ou a emocional?

Dor bandida nos faz reféns,

Engavetadas como em armazéns…

Qual a pior?

A do remédio acalma?

A inflamada ou espiritual?

Dor cruel, vem como tonel,

Crucial inquilina do nosso farnel…

Qual a mais relevante?

A enfraquecedora da alegria?

A dos corticoides ou das emoções?

Dor tenebrosa, não se crie dengosa,

Saia de nós pelo Amor de Deus! Adeus!

Nossa sugestão musical: Dor Elegante-Itamar Assumpção

Imagem: Pintura de Frida Kahlo

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