De vez em quando a saudade bate-me à porta,
de tempos a tempos ela gosta de me visitar.
Às vezes bate de leve, mal a ouço,
outras com violência_ será que a quer arrombar?
As vagas tremem, o vento geme, gaivotas clamam
agouro de tempestade no ar_ mas não importa.
Envolta em emoção, abro aquela porta!
Diluo a saudade no mar.
Envolta em Emoção
Abri a porta do meu coração,
Não tinha noção onde daria.
Senti um ar de boa tentação,
Odor
de
suave
maresia.
Em princípio, como inalação,
Inspirei, expirei, senti prazer...
Senti meus pés encharcados,
Ondas
lavavam
meu
ser.
Meus cabelos esvoaçavam,
Minhas saias rodopiavam...
Apossou-me sublime leveza,
Aves
voavam
com
delicadeza.
Seria céu, paraíso? Matutava,
Extasiada na ímpar sensação.
O mar conta de mim tomava...
Estava
envolta
em
emoção.