Na inocência da infância, tantos sonhos imaginamos,
alcançar as estrelas mais brilhantes, acreditamos.
No fulgor da juventude, horizontes desvendamos,
destinos mais longínquos, nos aventuramos.
Chegando à maturidade, sonhos em pedra calcamos,
ao recordar o passado, do presente nos afastamos.
Jamais deixemos de sonhar, sonhar é viver,
quem sonha, sonhará até o fim, até ao último alvorecer.
Calcada em Pedras
Caminho entre pedras, pedregulhos,
Uns me dão medo, uns são medonhos.
Outros me dão firmeza no caminho,
Lugares onde piso, sempre me aninho.
O mar bate nelas, me acarinha coração,
Faz minha vida ter muita ação, emoção.
Fico serena ao sentir sua maleabilidade,
Águas azuis esverdeadas são lealdade.
Sou protegida por todos os lados do céu,
Não divago sem um destino fiel, ao léu.
Céus e mares me vigiam, são sentinelas
Do meu destino a vagar por todas elas.
Sabedoria é fazer delas solidez e passos
Firmes sem vacilo, mesmo indefesa, atos
Seguros nas redondezas, elas têm belezas,
Percebo e não me intimido, faço castelos.
Nossa sugestão musical: Manuel Freire - Pedra filosofal de António Gedeão
imagem: yvonne jeanette karlsen
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