Poesia é beleza, mas também é dor.
Poesia é beleza, mas também é dor
ver governantes insensíveis a tanto clamor.
Corrupção, guerras sem sentido,
lares, famílias, países destruídos
só por sede de poder.
Não, não pode ser!
Seres humanos martirizados,
gritos, fome, morte, nos média banalizados,
violentados na sua dignidade.
Quem ousa ignorar esta triste realidade?
Luxúria, vaidade consumista,
corações vazios, indiferença oportunista.
A poesia não entra neste quadro egoísta.
Nesta minha escrita, ecoa a tristeza,
não há alegria, não há beleza,
só um desgosto profundo.
Não, não gosto deste mundo!
Humanidade
Depois de conhecer a humanidade
suas perversidades
suas ambições
Eu fui envelhecendo
E perdendo
as ilusões
o que predomina é a
maldade
porque a bondade:
Ninguém pratica
Humanidade ambiciosa
E gananciosa
Que quer ficar rica!
Quando eu morrer…
Não quero renascer
é horrível, suportar a humanidade
Que tem aparência nobre
Que encobre
As péssimas qualidades
Notei que o ente humano
É perverso, é tirano
Egoísta interesseiros
Mas trata com cortesia
Mas tudo é hipocrisia
São rudes, e trapaceiros.
(“Meu estranho diário”)
O Calvário da Desigualdade
Num mundo tão desigual,
Entre pobreza, lixo, favelas,
Invade-nos uma tristeza total,
Contrastes de inconveniências.
Como viver a divisão, sensação
De periferia na soberba do luxo?
Somos todos encarcerados, presos,
Num ingrato e desalmado fluxo.
A fome opressora, manipuladora,
O calvário do parco salário mínimo,
Ganho de consolação, fome de ação,
Falta tudo e um pouco de diversão.
Constroem suntuosos arcos e pontes,
Morada é debaixo deles ao relento…
Tão sociais as imensas desigualdades,
Contrastes… sem nada de acalento.
Nossa sugestão musical: Solo le Pido a Dios
Imagem: Pensador
😩😪😞