2023/04/05

VERENA ENTRE NÓS

CIDADE FELIZ

Imaginem uma cidade em que todos são felizes e nada falta, seja saúde, dinheiro ou comida, assim é a cidade de Omelas
Mas Omelas tem um segredo terrível, um segredo que é a razão desta sua (aparente) felicidade. 
Existe uma criança presa na cave de um dos edifícios da cidade a quem é negado qualquer gesto de bondade, pois o mais ínfimo acto de compaixão significaria o fim do tratado que garante à cidade a sua condição.
Nunca foi especificada a proveniência da criança, ou com quem o tratado foi feito, mas também não interessa, apenas saber que ele existe já é suficiente.
Todos os cidadãos de Omelas descobrem esta realidade quando têm a idade "certa" para a compreender, normalmente entre os oito e os doze anos.
Inicialmente ficam chocados e revoltados, mas acabam por concluir e aceitar que se a criança fosse libertada e levada à luz do sol, toda a prosperidade, beleza e deleite da cidade seria destruída.
Entretanto, alguns homens e mulheres, jovens e velhos, saem de Omelas e ninguém sabe para onde vão.
O conto termina com a frase:
"Eles vão em frente. Eles deixam Omelas. Eles andam adiante na escuridão e não voltam. O lugar para onde vão é um lugar ainda menos imaginável para nós que a cidade da felicidade. Eu realmente não posso descrevê-lo. É possível que não exista. Mas eles parecem saber para onde estão indo, aqueles que se afastam de Omelas."
* inspirado no conto de Ursula K.Le Guin


 Divertidas eram 

as férias na fazenda.

 Vovô estava sempre pronto 

para acompanhar os netos nas cavalgadas.

Havia presenteado, a cada neto, com um cavalinho.

Faziam pausa e se deliciavam com as frutas colhidas do pé.

Quando chegavam famintos vó Irene esperava com delicioso almoço.

  Primos lá estavam para brincadeiras que  enchiam infância de incríveis aventuras.

A noite crianças  reunidas com vovô,  entre um pão de queijo e outro,

"serviam-se de histórias, bebericavam ideias e enchiam-se de pensamentos."


A Criança Interior


A Infância é uma etapa,

 talvez longínqua, 

recordo cada vez a olho,

os filhos ou minhas fotos. 

Minha criança interior 

ainda vive dentro de mim.

 

Pego num pincel e pinto 

todas as cores alegres,

dos estados de espírito infantis, 

puros, cristalinos como risos. 

 

Brincando de fada ou bruxinha, 

de ser professora,

cozinhando às bonecas 

com pós de pirlimpimpim.

 

Levo nas asas da imaginação, 

do sonho infantil, 

castelos no ar, 

histórias a encantar,

as princesas que fui, 

o extravasar de emoções. 

sensações em primeiro plano. 


Nossa sugestão musical: Musica para refletir sobre a vida
Imagem: Robin Carter - Illustrator

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