2024/11/20

Ressignificar Vazios

Ressignificar Vazios


No silêncio de um quarto vazio,

ecoa o som dum mundo inteiro.

Cada canto as memórias flutuam,

retalhos de um tempo passageiro.


As paredes outrora esconderam,

risos, choros, sentimentos vãos.

Se escutarmos ainda ouviremos,

melodias de uma antiga canção.


Cada quarto carrega memórias,

retalhos de sonhos tão queridos.

Na poeira do ar há mil histórias,

ilusões, apegos, desejos contidos.


Ressignificar Vazios


Deus ressignifica vazios 

Pela vida deixados.

Por nós nos demais,

Por outros em nós com ais.

 

Ninho vazio não favorece,

Nosso ser esmorece.

O cotidiano empalidece,

Não há calor, não aquece.

 

Somos seres sociais,

Necessitamos de abrigos.

Viver só não nos satisfaz,

Deixa sensação de desabrigos.

 

Só nos deixam vazios,

Os marcantes em nosso ser.

Deles sentimos falta de ter,

Somos, sem eles, estranhos.

 Nossa sugestão musical: Lena d'Água - O que fomos e o que somos

Imagem: Eric Paré

***

2024/11/14

A Menina e a Chuva

Pingos tímidos dançam no ar,

Menina à janela, tristeza no olhar,

Comovida a chuva começa a contar.


"No Reino das Nuvens há campos verde flor,

um mundo fraterno, só histórias de amor.

Aventuras, quimeras, estrelas bicolor,

pássaros de arco-íris, borboletas brilhantes.

Criaturas fantásticas, jardins diamantes,

tempos sem pressa, melodias vibrantes."


Surpresa na vidraça, linda visão,

a Guardiã das Chuvas surge em aparição.

“Menina, lembra-te deste momento, 

cada gota de chuva, um mágico intento.”


Linda descoberta, maravilhosa fantasia,

Menina à janela, olhar de alegria,

Chuva continua fluindo magia.



Anoitecia… a chuvinha caia, 
 Sentia molhar seu coração,
Da mesma forma como à rua,
Água fria a deixava seminua. 

Ela insistia em cair tão sutil,
Encharcava seu superego anil.
A madrugada se avizinhava,
A menina na vidraça sonhava. 

Cada gota, uma só gotinha
Entristecia à doce menininha.
No interior do seu lar, chovia 
Solidão d'alma, uma agonia!

De bem olhar, ela não desistia,
Num deslumbre do momento. 
Entre ela e a vidraça, só havia 
mordaça de descontentamento.


Imagem: Pinterest

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2024/11/05

Lançamento do Novo Livro

        

"Era em corpo e alma o que há de mais puro, unido ao que há de mais belo. Um prodígio de doçura, de elevação e de sinceridade de sentimentos."

Machado de Assis
*

Duas almas se encontraram,
num só corpo a vibrar,
duas vidas entrelaçadas,
 ondas do mesmo mar.

Se uma sofre, a outra sente,
a dor, a separação,
se uma ri, a outra brilha,
num abraço de emoção.

Assim seguem, inseparáveis,
nesta dança de união,
dois espíritos num só,
São manas de coração.

Que o tempo seja eterno,
para este laço tão forte,
de amizade e respeito
vence o tempo, vence a morte.

Duas pessoas numa só,
 compasso da mesma canção,
mesmo longe, vivem juntas,
São manas de coração.


São duas pessoas em uma só,
Nenhuma delas precisa de dó.
São mestras de si, individuais,
Sem os tolos egoísmos banais.

Amam-se tão fraternalmente,
Uma afinidade de boa ventura
Define relação em formosura,
Nuas de maldade na mente...

Unidade nos trabalhos todos,
Um deleite e muitos afagos.
São almas gêmeas em união,
Um poço rico de comunhão.

Em elos imbatíveis, trabalham
Com alegria, desprendimento.
Soam unidade na fraternidade,
Ressoam a altruísta bondade.

*


Para adquirir:



Para adquirir:



Queremos agradecer à querida amiga poetisa e escritora Caluque, muito generosamente, prefaciou nosso livro numa linguagem poética de muita relevância.

Amigos nos honram com sua presença e estímulo constante.

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Nossos livros são registrados e publicados em Portugal, Espanha e Brasil concomitantemente. 
Estão em versão impressa e em E-book.
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