![]() |
Íris no Jardim de Monet |
No Jardim de Monet
Entre íris dançando ao vento,
respiro um instante sem tempo,
o mundo em mim se refaz
desenhado em tons de lilás.
Na terra, a lida me chama,
sua cor me eleva, inflama.
Já não sou quem lavra o chão,
sou traço, semente, visão.
No jardim onde Monet pintava,
minha alma livre sonhava.
Em cada pincelada sentia,
a vida muito me daria.
Oh! flor rompendo o cansaço,
pintura embalando o espaço.
Teu silêncio me ensina a ver,
viver é florescer.
Sou mulher de mãos ofertadas,
ao tempo, às cores, às jornadas.
Nos campos que a arte me deu,
renasço, inteira, sou eu.
Sentida deveras, sem delongas,
Eis surgiu o grandioso Monet!
Desde bem outrora consentida,
Dá todo sentido à minha vida,
Faz-me muito mais confiante.
Pintar sempre me inova, renova,
Exulto, canto, toda comunhão,
Aconteceu a minha inovação,
Ao arado, ofereço meus sonhos,

A cada livro, contamos com o Prefácio de um (a) amigo (a).
A Amiga que nos deu a honra de prefaciar nossa quinta obra foi a escritora e poeta Emília Simões incentivadora dos primeiros dos nossos poemas na parceria tão fecunda que já mantemos por mais de três anos, na alegria e nas dores nossas de cada dia.
O livro compila poemas publicados no blog e outros inéditos.
Publicamos além do Brasil, em Portugal, na Espanha e na Austrália.